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Dilema: quanto devo cobrar pelo meu trabalho?



Quando você trabalha em uma empresa privada, normalmente, antes de ser contratado, já existe um acerto salarial, mas se você é freelancer, trabalha por conta própria, certamente você cobra por cada trabalho produzido, não é mesmo?! E é aí, nesse ponto, que mora o dilema de muitos profissionais da locução publicitária, principalmente os que estão no início da carreira.


Quanto vale o nosso trabalho?


Cada um tem, digamos, sua tabela de preços, que varia conforme o tipo de trabalho solicitado. E algumas questões devem ser consideradas, por exemplo:


  • Qual o tipo de peça? É spot, vinheta, treinamento, apresentação corporativa, de produto ou serviço, e-learning?

  • Quantos minutos deverá ter a locução?

  • Em qual meio de comunicação será veiculado: rádio, TV, internet ou apenas em plataformas internas?

  • Qual o alcance, ou seja, a veiculação é em uma cidade de grande, médio ou pequeno porte? É no país inteiro?

  • Por quanto tempo será veiculado?


Esses são alguns parâmetros para nos basearmos na hora de cobrar pela locução, mas vale lembrar que a narração corporativa de 3 minutos, por exemplo, exigiu algumas horas do seu dia para ficar pronta, principalmente se você não terceiriza a edição do áudio e faz você mesmo a finalização. Avalie quanto tempo vai ser necessário para atender a todos os requisitos do cliente.


O mais importante nesse processo é levar em conta a qualidade do que vai ser entregue. Certa vez, Warren Buffett, o 3º bilionário entre as pessoas mais ricas do mundo, disse que “preço é o que você paga; valor é o que você leva”. Valor, então, é o que o cliente recebe do fornecedor.


Hoje com o uso das tecnologias e graças ao mundo virtual, ficou muito mais fácil apresentar e negociar os serviços. Em tempos de crise, negociar virou verbo comum, e claro, não estamos em uma maré boa para deixar clientes passarem, mas não é por isso que você precisa se desvalorizar e menosprezar o seu trabalho. Cobre preços justos. Pergunte-se: EU PAGARIA ESSE VALOR POR ESSE SERVIÇO?


Considerando que o valor a ser cobrado dependerá do tempo de locução em minutos, é importante que se adote um critério preciso para o cálculo desse tempo/valor. Como funciona? Muita gente cronometra a leitura, mas eu não concordo com essa prática. Ela é muito imprecisa em função do briefing e tipo de trabalho, que pode sofrer variações bastante significativas no tempo de leitura, por exemplo: um roteiro técnico explicativo será mais lento que a versão brasileira de um documentário em inglês, que exige maior velocidade do locutor. Por essa razão, recorro à Contagem de Caracteres com Espaços - CCE - na base de 780 para cada minuto de voz finalizada, sendo assim, independente das características interpretativas do texto eu terei uma previsão de tempo médio de locução e um índice de valor preciso e eficiente.


Resumindo, o valor cobrado não se refere ao trabalho em si, mas ao valor da sua voz relacionada ao produto ou serviço vinculado a ela. Por essa razão os valores variam em função da mídia na qual será veiculado o trabalho com a sua voz. Naturalmente que um spot de rádio com 30 segundos de duração veiculado na cidade de São Paulo ou Rio de Janeiro terá um valor bem maior em relação ao que é veiculado em qualquer outra capital, fora desse eixo. Se for em uma cidade do interior então, o valor é ainda mais diferenciado.


Seja sempre honesto com seu cliente e procure ter uma relação amigável, porém não abra mão de ser remunerado. Não cobrar por um trabalho é privilégio (secreto) de clientes antigos que merecem tal consideração e “investimento” de sua parte.


E você, tem mais alguma dica? Compartilhe com a gente!

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