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Filtro anti-pop para o microfone: por que usar?



Os assuntos que mais vemos em sites e blogs que tratam de locução publicitária são sobre os microfones. Qual é a melhor marca, modelo, procedência, tipo, etc. Com certeza e independente disso um profissional da voz possui o microfone com o qual melhor se adaptou dentro do alcance do seu orçamento, certo? Mas, falando de equipamentos, não é só o microfone que tem responsabilidade sobre a qualidade do seu trabalho. Um dos acessórios mais simples, barato e eficiente para se investir num estúdio de locução publicitária é o famoso POP Filter ou filtro anti-puf.

Afinal de contas, se existe algo desagradável em uma gravação vocal são os pops ou pufs, que normalmente trazem à gravação um aspecto amador. Uma das maiores vantagens do filtro é ajudar a minimizar os sons plosivos, principalmente os provocados com a pronúncia das sílabas P e B, diminuindo esse “defeito” na locução.

Existem várias opções no mercado variando de tamanho, sistema de fixação, material de construção, etc. Mas qual a importância deste acessório no meu trabalho? As principais funções do anti-puf são, além de reduzir o efeito desagradável do ar batendo na cápsula do microfone, também ajuda a manter o locutor sempre aproximadamente à mesma distância do microfone, importante para não alterar o timbre da captação durante o roteiro que está sendo gravado. Outra importante função do anti-puf é proteger a cápsula do microfone dos respingos e microgotas de saliva naturalmente expelidas durante a fala, como fazemos durante as gravações. E nós não queremos que a cápsula do nosso microfone seja atingida por saliva, não é mesmo?

Vamos entender como acontece o “puf”

Durante as sessões de gravação é normal que o locutor se posicione relativamente próximo ao microfone, algo por volta de 20 centímetros para uma narração normal. A essa distância já é possível ocorrerem os pufs, principalmente para quem não domina a técnica de desviar o ar, fora da direção em que se encontra o microfone. É exatamente neste espaço entre a boca e o microfone que devemos posicionar o nosso antipuf, aproximadamente de 10 a 5 centímetros do microfone, ou seja, nem afastado nem próximo demais para que haja espaço para dispersão do ar das sílabas plosivas, reduzindo o impacto na cápsula do microfone.


Aí você pode perguntar: isso depende da qualidade do meu microfone? Um microfone de melhor qualidade “pufa” menos que outro inferior? A resposta é não, qualquer microfone direcional sofre o efeito de proximidade e consequentemente pufa.


E se mesmo com o filtro instalado corretamente à frente do microfone a gravação apresentar pufs? Desde que não sejam exagerados é possível eliminar durante a edição do áudio.


(Aqui ainda passou um puf exigindo um filtro HPF)





(Aqui já com o filtro HPF ajustado em 100 Hz)



Você deve selecionar o trecho em que a onda se apresenta distorcida, muitas vezes até fora do eixo e aplicar um filtro “passa alta” (hpf ou high pass filter). O ajuste de frequência vai depender da voz, aumentando a frequência antes de alterar a sua sonoridade. Cada tipo de voz apresenta um limite diferente, você vai ter que testar, mas normalmente a voz masculina permite aplicar um filtro de até 100 Hz e a voz feminina até 150 Hz sem comprometer o resultado. Comece os testes em 80 Hz, se não resolver, desfaça e aplique novamente o filtro ajustado em 90 Hz, ouça, confira e repita aumentando a frequência até que o puf não incomode, nem a voz seja afetada. Lembre-se de aplicar o filtro apenas no trecho comprometido.



E você usa ou não o filtro? Tem dúvidas ou sugestão? Escreva nos comentários.


Até mais!





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